Como alinhar educação municipal à cultura da inovação?

É muito comum, quando falamos sobre cultura de inovação, que as pessoas imaginem grandes feitos, experiências extraordinárias de grande impacto. 

Estabelecer a cultura de inovação não é necessariamente querer transformar a escola em um laboratório da agência espacial norte-americana (NASA).

Sim, exageramos no exemplo para justamente esclarecer que muitas práticas docentes podem ser pensadas, criadas e recriadas, e compartilhadas. Elas também melhoram muito os processos de ensino aprendizagem, basta termos como referência que os sistemas educacionais mais promissores estão baseados no desenvolvimento científico e de inovação.

Um efeito importante para a prática de ações inovadoras é o conjunto da equipe e seu engajamento.  A coordenação e os docentes envolvidos num propósito para melhorar as práticas pedagógicas são essenciais no sucesso da aplicação de novos modelos, ferramentas e gestão.

Contexto de sua escola.

Muitas escolas vivem realidades bastante distintas, sejam regionais, culturais ou econômicas. É impensável cobrar desempenhos, projetos e necessidades iguais de escolas que podem estar no interior do Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina, ou no extremo oposto do país, Ponta Seixas na Paraíba. Assim, cada contexto pode indicar o que é ou não inovação para aquela comunidade escolar.

Por conta das grandes diferenças que estão inseridas nas escolas, algumas práticas pedagógicas podem ser inovadoras em um lugar e já fazerem parte de um status quo em outros.

Portanto, professores e administradores devem sempre estar atentos a possibilidades não utilizadas em seus ambientes. Se observarmos alguns dos prêmios cedidos a docentes nos últimos anos como inovação escolar e à prática adaptada a novas necessidades, com todo respeito, ficamos com um gostinho de “já vimos isso em algum lugar”. 

Isso significa dizer que não se deve temer compartilhar e tomar como referências práticas que já foram criadas, mas que podem ser adaptadas em suas escolas, pois naquele espaço podemos ter um momento de inovação que fará toda diferença.

Cinco pontos chaves para uma escola inovadora.

Existem várias características pertinentes nas instituições que adotam a cultura de inovação, algumas podem até acontecer antes mesmo da comunidade escolar pensar sobre isso e, dependendo do contexto da escola, esta pode ter maior ou menor facilidade com seu desenvolvimento. Afinal os ciclos são distintos em lugares e com pessoas diferentes, padrão não é a regra nesse caso. 

Destacamos cinco pontos essenciais, lembrando que há outras qualidades a serem desenvolvidas e que talvez sua escola já as tenha:

  1. Abertura para conversar com empatia.

Esta frase pode parecer um manual de gestão de pessoas, mas afinal como ter êxito na educação sem saber gerir pessoas? Ouvi-las tão somente tem pouca eficácia e em alguns casos ouvir e nada fazer é tão ou mais nocivo para o engajamento quanto não abrir espaço para tal.

Considerar ouvir os colegas, as várias opiniões, nesse exercício democrático que de simples sabemos que de pouco ou nada tem, é importantíssimo na hora de pensar processos inovadores e essa “escutatória”, como diria o admirável Rubens Alves. Deve ser realizada com empatia a fim de entender a frequência de entusiasmo e apoio que são possíveis as ideias sugeridas e ou mesmo já em práticas. 

Professores incentivados são maravilhosamente criativos e, com certeza, todos nós temos em nossa lembrança alguma ação fora do script de nossos docentes que nos marcaram. E mesmo em caso em que as ações propostas não possam ser realizadas, uma boa conversa e quem sabe adaptação das ideias, sempre serão melhores opções do que a negativa pura e simplesmente.

2) Proatividade

Incentivar que a comunidade possa tomar iniciativa para realização de projetos e ações pedagógicas está ligado à possibilidade dessas pessoas serem ouvidas e terem a liberdade para colocar suas iniciativas em prática. 

Incentivar a proatividade dos membros da comunidade passa pela abertura do diálogo.

3) Sem medo de reorganização.

Muitas propostas surgirão e a rigidez processual pode afugentar iniciativas de mudanças positivas. Organização e regras claras ajudam na inovação, mas eventuais exigências limitantes da ação pedagógica são fatores que prejudicam a mesma. Estar aberto a escutar e incentivar a proatividade é colocar em movimento pessoas e ideias, assim repensar a organização é uma possibilidade bem evidente para a inovação.

4) Aluno protagonista.

Essa premissa é mais uma característica dos tempos atuais e nossos objetivos de desenvolvimento de habilidades e competências atreladas ao conteúdo. Claro, quanto mais conseguirmos colocar o estudante como base e colaborador do processo, melhores serão os resultados obtidos e o seu desenvolvimento.

O aluno no centro das ações para inovação é uma das peças-chave para o sucesso das iniciativas, como direciona a Base Nacional Comum Curricular. Embora aprovada no final de 2018, a BNCC tem como referência documentos anteriores e práticas já realizadas, movimento facilmente percebido na educação infantil dos últimos anos que antecederam a normativa.

5) Tecnologias como aliadas.

Usar e ousar não são problemas quando se refere a utilidade que recursos tecnológicos virtuais ou analógicos podem proporcionar a sua comunidade escolar. Atrelados a objetivos claros e ao uso como ferramentas de apoio facilitam e muito a missão dos docentes e incentivam os alunos ao alcance dos objetivos propostos.

Alinhar o uso de tecnologias, como a mesa digital da PlayTable, é fácil e está diretamente ligado à inovação no setor educacional. 

O mundo de hoje pede escolas com atitudes inovadoras, portanto parte do êxito das instituições de ensino com as atuais demandas e atuais gerações passa por essa atitude.

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