Educação Pública e o desafio da inclusão: 7 razões para o uso de tecnologias

No início do uso das tecnologias virtuais em processos de ensino-aprendizagem, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa e Japão, sempre houve resistências e limitações para com a proposta, situação que mudou com o passar dos anos! De formas distintas isso também ocorreu nos países em desenvolvimento, como o Brasil.

Num cenário onde a tecnologia nem sempre era considerada aliada para educação, os melhores exemplos de suas possibilidades vieram especialmente de ações que eram nomeadas inclusivas.

Sim, você não leu errado. Se analisarmos vários estudos acadêmicos desde a década de noventa, encontraremos diversos relatos de êxitos do uso de tecnologias como ferramentas para processos de agregação social.

Um pequeno adendo, quando falamos de incluir, partimos do pressuposto de que há alguém fora, então o termo tem sido debatido no mundo todo sobre se é ou não correto de ser utilizado. Aqui nosso foco é na demonstração da ideia que as novas tecnologias são excelentes ferramentas para avançarmos também com alunos que não desempenham em iguais condições à grande maioria, seja por limitações físicas ou cognitivas. 

E pensando sobre isso, quais seriam as vantagens do uso de tecnologias nos processos de ensino-aprendizagem focados em estudantes que precisam de outras formas e tempos que não os clássicos?

Listamos algumas situações que são extremamente pertinentes para pensar na implantação de recursos relevantes no uso dos processos de ensino como um todo.

  1. Tecnologias como formas de interação:

Sim, tecnologias podem desencadear processos de interação, quando usadas para aproximar. Pensamos na mudança de postura que um docente e um estudante podem ter quando a aula clássica deixa de ter uma característica vertical e passa a ser mais horizontal. 

As tecnologias aplicadas à educação incentivam a autonomia dos alunos para com sua utilização e o docente, como um facilitador nesse entendimento, pode aproximar-se de seu aluno na figura de uma autoridade parceira.

Com uma breve busca na internet e ou mesmo em estudos acadêmicos encontraremos relatos de crianças com graus de autismo que desenvolveram mais facilmente raciocínios e desenvolturas sociais com seus docentes e colegas durante o uso de mesas digitais, plataformas de games e demais tecnologias virtuais e analógicas. 

É claro que existem indivíduos com algumas especificidades que exigem uma energia e insistência para que alcancem os objetivos traçados, mas com certeza a comunidade escolar pode contar com recursos tecnológicos para o melhor desenvolvimento de seus alunos, inclusive os com habilidades diferentes da grande maioria.

  1. Melhoria na comunicação.

Muitas tecnologias e jogos possibilitam que os estudantes sintam necessidade de pensar coletivamente a fim de chegar em consenso para a solução dos problemas propostos. Quando a ação pedagógica está relacionada com conteúdos didáticos, sempre há oportunidade de lançar missões para o desenvolvimento dos estudantes, momento em que precisam se comunicar com seus parceiros e seus docentes para entendimento da matéria.  

Esse movimento pode acontecer, tanto antes da interação da tecnologia quanto depois, não há necessariamente uma regra. Quanto melhor for a comunicação, melhor tende a ser o desempenho dos usuários. 

Há vários casos de hiper dotados, de estudantes com dificuldades linguísticas ou de autistas que, envolvidos na interação com as tecnologias e jogos, emitem suas percepções e dúvidas sobre como alcançar o objetivo. É muito comum entre autistas, por exemplo, um “mergulho” no cumprimento de um desafio apresentado, especialmente quando na frente de telas.

Muitos consultórios médicos e de fonoaudiologia fazem uso de games e mesas digitais para melhoria no desempenho de seus clientes. 

  1. Aprendizados diferentes simultaneamente.

Uma das facilidades do uso das tecnologias para processos educacionais de inserção social é a possibilidade de o docente promover estudos de conteúdos e desenvolvimento de habilidades diferentes, de forma simultânea para grupos ou indivíduos. 

É corriqueiro que os docentes se deparam com níveis de entendimento e rendimento distintos entre alunos. Para os que necessitam de atenção focada isso não é diferente, pelo contrário, tende a ser uma situação ainda mais evidente. Muitas vezes o rendimento de um aluno autista ou de altas habilidades está adiantado ou atrasado em relação à turma.

Com as tecnologias, como a PlayTable, é possível direcionar aos estudantes conteúdos e desafios próximos, porém distintos e com intensidades diferentes.

  1. Fator tempo individual.

Já é sabido que pessoas diferentes aprendem com processos e tempos distintos entre si. Aquela concepção de que todos aprendem de um mesmo jeito comprovadamente não funciona. Como todos os estudantes são diferentes, isso é quase uma premissa na educação moderna. 

O uso de ferramentas tecnológicas aplicadas à educação fomentam essa missão dos docentes no foco de aprendizagem com tempos respeitados pelas instituições, pois possibilitam que sejam programadas ações simultaneamente, mesmo que diferentes em intensidade e, se necessário, de conteúdo. E o rendimento dos alunos pode ser mais rápido ou mais vagaroso. Independente disso, a tecnologia consegue registrar esses processos e dar suporte para o educador sobre o desenvolvimento dos estudantes.

  1. Vários tipos de inteligência são contemplados.

Com a mesma temática que abordamos as potencialidades do uso das tecnologias nos processos de aprendizagem com tempos distintos para seu êxito, podemos destacar que o uso delas também possibilita o desenvolvimento de diferentes expressões da inteligência dos indivíduos.

É sabido que os seres humanos podem entender situações com o foco no uso de experiências que não são sempre igualitárias. Muitos o fazem facilmente com a audição, outros pela visão, pelo toque, por processos super lógicos, pela prática etc. 

Justamente pelas possibilidades tecnológicas presentes hoje em games, aplicativos, mesas interativas, plataformas etc, fazem com que essas diferentes inteligências sejam contempladas.

  1. Desenvolvimento de diversas habilidades.

Desde que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi aprovada, o foco da aprendizagem tem sido, aos poucos, direcionado no desenvolvimento de habilidades e competências diversas previstas no documento orientador.

Da mesma forma que as pessoas aprendem diferentemente, assim também desenvolvem habilidades de formas distintas. Colegas de classe terão inevitavelmente fortes traços desenvolvidos através de meios que não são convergentes a todos.

Desenhar, concentrar, replicar, calcular, expressar e tantos outros verbos que aparecem no documento, muitas vezes são contemplados em um único jogo, ou em formatos diferentes por um meio tecnológico virtual, analógico ou em ambos simultaneamente.

  1. A tecnologia ajuda na concentração.

É quase unânime que vários docentes relatem casos de alunos com déficit de atenção, hiperativos e autistas que, ao estarem utilizando algum tipo de tela, conseguem com maior ou menor intensidade se concentrar. Isso acontece pelo efeito que as telas provocam em todos nós, com suas luzes e ondas vibratórias. 

Se isso é um fato corriqueiro, comum a todos, porque não usar com a moderação pertinente no auxílio para a concentração de estudantes em conteúdos relevantes na educação? Do ponto de vista pedagógico, melhorar o engajamento facilita o desenvolvimento de habilidades e entendimento de conteúdo.

Por isso, não deixe para depois e estude possibilidades tecnológicas como a PlayTable, para dar o melhor suporte pedagógico para sua comunidade escolar.

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